14 dezembro, 2016

Os museus como espaços de identidades e de memória...

"O homem está na cidade
como uma coisa está na outra
e a cidade está no homem
que está em outra cidade"

Ferreira Gullar


Entrada do Museu Ashmoleano, fundado em 1683, o primeiro dos museus modernos

A proposta de Estudos Sociais, nesta semana,  é  o potencial pedagógico existente nos museus como espaços educativos das cidades.
O templo das musas, o Museion, deu origem a  palavra museu como local de cultivo e preservação das artes e das ciências.
Além do sentido etimológico da palavra, descobri através dos estudos, alguns conceitos importantes.  A ideia de museu vai além da preservação: conservam, investigam, comunicam, interpretam e expõem a história.

Um pouco de história...

Na Idade Média, o hábito de reunir obras de arte era demonstração de prestígio para a elite feudal.  O avanço do conhecimento, a influência dos enciclopedistas e a Revolução francesa fazem surgir o conceito de coleção como instituição pública, chamada "museu".
Como a escola, o museu era um espaço que destinava-se para poucos. O museu servia para guardar e expor objetos de figuras ilustres e raridades.
Francisco Regis Lopes Ramos (2004) comenta que, nos museus de História, os objetos eram reunidos para compor uma pedagogia da glorificação de indivíduos de destaque. Na escola, também ensinavam sobre homens ilustres que faziam coisas inéditas, grandiosas e fantásticas.  Escolas e museus eram templos onde se transmitiam saberes e se admiravam objetos.

Na contemporaneidade....

Os debates sobre o papel educativo dos museus afirmam que o objetivo não é mais a celebração de personagens, mas a reflexão crítica. Se antes os objetos eram contemplados, agora necessitam ser interpretados.
Mas a crítica pela crítica não é suficiente, para assumir o papel instrutivo, o museu, precisa de ações educativas que promovam a interação das pessoas com o próprio, buscando o desenvolvimento de uma educação relacionada à percepção do mundo.









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