30 novembro, 2015

Como fui alfabetizada

Ainda guardo a cartilha e os cadernos utilizados no primeiro ano.


          
Toda minha educação infantil foi utilizando o método montessoriano e quando cheguei ao primeiro ano, fui alfabetizada através do método fônico, lembro-me da dificuldade de entender o som de algumas letras. 
Reconheço a importância de utilizar algum método para alfabetizar.  Acredito que cada um apresenta uma peculiaridade, mas acho que a diferença toda acontece como empregamos cada um deles.
O que funciona ou não, muitas vezes é o próprio aluno que determina.  Cada turma apresenta necessidades diferenciadas e interesses também.
Qual será o melhor método a ser empregado para alfabetizar era pergunta recorrente no início de carreira. Eleger um método não é garantia de êxito nesta tarefa.
Entender todo o contexto sociocultural, que o aluno está inserido, é questão sine qua non para avançarmos neste processo.

29 novembro, 2015

Considerações sobre o brincar


Em infâncias abordamos o tema do brincar e qual a sua importância dentro do contexto escolar e também como uma ferramenta para a aprendizagem.
O momento da brincadeira é uma oportunidade de desenvolvimento para a criança. Através do brincar ela aprende, experimenta o mundo, possibilidades, relações sociais, elabora sua autonomia de ação, organiza emoções. 

Esse tema fez-me olhar de forma diferente para as brincadeiras dos meus alunos. O que mais gostam, que tipo de material escolhem para suas brincadeiras e como se inter-relacionam.

Trabalhando com música no processo de alfabetização


Utilizar a música no processo de alfabetização constitui em  instrumento pedagógico extremamente importante, pois estimula o raciocínio, a concentração, trocas de ideias, a sensibilidade rítmica e auditiva. Motiva os alunos a terem senso crítico, dá oportunidades aos alunos tímidos a participarem, ajudando-os na assimilação das atividades musicais e se tornarem ativos do seu próprio aprendizado.
 De acordo com Avellar (1995), a música é excelente e contribui como recurso para estimular os alunos no desenvolvimento da leitura e escrita.

Sempre trabalhei com a música em sala de aula, assim como o teatro, nos auxilia de forma lúdica a propiciar intervenções  valiosas no processo de mediação da aprendizagem.

Erotização infantil

O que observo é a criança contemporânea completamente à mercê de uma cultura que banaliza a erotização precoce. Crianças e jovens foram descobertos consumidores,  viraram  alvos das propagandas e das mídias de maneira geral.
Deve-se pontuar também as contradições existentes na sociedade atual, que busca criar leis de proteção à infância contra a violência sexual, mas ao mesmo tempo legitima determinadas práticas, seja através das novelas, reality shows, filmes, etc...
“A sexualidade é o ponto central da nossa sociedade de consumo” segundo o sociólogo Anthony Giddens. Campanhas, produtos e serviços são criados, como forma de exploração deste tema, que gera muita polêmica e pouco consenso.

Observamos então o  conceito de gênero em meio a essa efervescência, tornando-se cada vez mais claro, que não se pode pensar o que é ser homem ou ser mulher, sem atentar para a cultura que acompanham essas transformações sociais importantes.

A Psicogênese da Língua Escrita

Descobrir em qual nível cada aluno se encontra, é uma importante ferramenta para o professor alfabetizador.

Como sentir que, a  mediação do educador está favorecendo realmente o processo de alfabetização e como podemos  proporcionar ações de estímulo específico para  necessidades pontuais , tornam-se  grandes desafios  da alfabetização.
As sinalizações de Emília Ferreiro sobre a forma de como se aprende, auxiliou a observar o aluno como sujeito ativo, que elabora hipóteses sobre o funcionamento da escrita.

Infância soft


















A infância Soft caracteriza-se  pela:
*inocência
*beleza
*produto para consumo
*representação de um ideal
Uma infância retratada ao longo dos séculos, de forma angelical, desprovida de qualquer maldade, doce e perfeita.
Uma imagem que desperta ternura e afetuosidade.

Percebemos uma idealização da infância, através de imagens.  Imagens estas produtoras de cultura.
Enxergamos a infância como ela é realmente, como lidamos com crianças diferentes dos padrões predeterminados de estética e comportamento?

Mecanismo de defesa
Estudar a existência de mecanismos de defesa que são bem sucedidos, outros não. Que possuem função protetora e muitos deles são empregados por nós em nosso dia a dia, foi bastante revelador.
As formas com que o ego manifesta suas defesas são várias,e conhecê-las,revelou-me um pouco da psique dos meus alunos e inclusive a minha.
Nem todos os mecanismos de defesa são distúrbios, e como sendo educadora posso auxiliar meus alunos, canalizando impulsos primitivos, para comportamentos úteis e saudáveis?
A sublimação aparece como parte da resposta, utilizar esse mecanismo como forma positiva de superação de seus medos, auxiliando lhes no processo de construção de suas identidades.


Falando um pouco sobre diferença étnico-racial em livros para crianças

Como abordar a questão ético-racial na escola e qual a literatura que possibilita  a construção de personagens sem estereótipos.
Foi estudando as três tendências contemporâneas e realizando uma prática pedagógica, que vivenciei os conceitos. 
O desenvolvimento desta atividade tinha o objetivo de levar ao aluno,as ferramentas necessárias para que eles tenham consciência da importância e influência da cultura africana na sociedade atual, contribuindo  na construção de sua personalidade, seja como afrodescendente ou não, além de incutir o respeito a diversidade nas características físicas e culturais.