08 maio, 2017

Pensamento Complexo







Fui apresentada ao antropólogo e filósofo francês, Edgar Morin, em meados dos anos 90. O livro era Meus demônios uma autobiografia, pelo pouco que me recordo, o autor indaga continuamente questões existenciais que o leva a "verdades" e conclusões temporárias.  Não cheguei a ler todo o livro, mas Morin já explicitava a ideia do pensamento complexo.
Voltei a pesquisá-lo agora na interdisciplina PP em Ação, quando Morin ressurge em um livro de Fernando Hernández, Transgressões e Mudanças na Educação (1998).
Seria um contrassenso simplificar a ideia do Pensamento Complexo, tão veementemente defendida pelo autor. Porém Morin nos apresenta o desafio de estabelecer articulações entre os mais variados campos de pesquisas e disciplinas.
O também sociólogo, fala-nos especificamente da operacionalização da transdisciplinaridade em todos os níveis do ensino. 
Contextualizar os saberes e integrá-los é uma qualidade humana, que precisa ser desenvolvida, e não atrofiada.
Precisamos reformar o pensamento, só assim conseguiremos organizar os conhecimentos.  Promover cabeças pensantes, em lugar de bem cheias, ensinar nosso aluno a enfrentar as incertezas para que se tornem cidadãos reflexivos.



Projeto de Aprendizagem

Projeto de Aprendizagem

 


Um dos objetivos da elaboração do blog, em nossa graduação, é o relato de nossas experiências.  O conhecimento está sempre em construção, em  um processo contínuo de aprendizagem.
Hoje a pesquisa aconteceu no pátio da minha casa.  Há dois dias uma enorme borboleta pousou em nossa área, estava com um pedaço da asa cortada, pouco se movimentava e as perspectivas não eram boas para o lepidóptero, ordem essa que desconhecia até eu e minha filha começarmos à investigação.
A primeira pergunta, da minha pequena, foi qual era o tipo de alimentação do inseto. Falei-lhe o pouco que conhecia, mas achava que  alimentavam-se do pólen das flores.  Logo ficou empolgada e foi pesquisar o tipo de alimento que poderíamos lhe ofertar, afinal ela já estava ali há dois dias e iria acabar sucumbindo. 
Neste momento não teve como desassociar o pensamento dos projetos de aprendizagem e a pergunta de partida para iniciar uma pesquisa.
A situação era a seguinte, a partir de seu próprio interesse, minha filha, desencadeou uma investigação sob o objeto de sua curiosidade.  Assim obteve sua primeira resposta, através do ambiente tecnológico, sobre a alimentação do inseto em questão:

Então sua atitude foi rápida, colheu algumas flores e presenteou aquela bela espécie:


Assim que se alimentou, a borboleta, começou a voar novamente. Não voou muito alto, então resolvemos colocá-la em um jardim bem florido para que pudesse desfrutar de seus últimos dias de vida, já que sua expectativa de sobrevivência gira em torno de duas semanas a um mês.