Fui apresentada ao antropólogo e filósofo francês, Edgar Morin, em meados dos anos 90. O livro era Meus demônios uma autobiografia, pelo pouco que me recordo, o autor indaga continuamente questões existenciais que o leva a "verdades" e conclusões temporárias. Não cheguei a ler todo o livro, mas Morin já explicitava a ideia do pensamento complexo.
Voltei a pesquisá-lo agora na interdisciplina PP em Ação, quando Morin ressurge em um livro de Fernando Hernández, Transgressões e Mudanças na Educação (1998).
Seria um contrassenso simplificar a ideia do Pensamento Complexo, tão veementemente defendida pelo autor. Porém Morin nos apresenta o desafio de estabelecer articulações entre os mais variados campos de pesquisas e disciplinas.
O também sociólogo, fala-nos especificamente da operacionalização da transdisciplinaridade em todos os níveis do ensino.
Contextualizar os saberes e integrá-los é uma qualidade humana, que precisa ser desenvolvida, e não atrofiada.
Precisamos reformar o pensamento, só assim conseguiremos organizar os conhecimentos. Promover cabeças pensantes, em lugar de bem cheias, ensinar nosso aluno a enfrentar as incertezas para que se tornem cidadãos reflexivos.