17 dezembro, 2016

Ciências e Sustentabilidade









Falar sobre sustentabilidade instiga a reflexão sobre a maneira que eu, professor, consumo e como me relaciono com o mundo à minha volta. Acho importante essa ponderação porque entender meu próprio comportamento perante as relações com a natureza, facilita a concepção que temos uma existência em comum.
Ensinar sobre sustentabilidade é necessário mais do que separar o lixo para reciclagem ou fechar a torneira enquanto se escova os dentes.  Precisamos compartilhar com o aluno essa experiência através de uma prática mais eficiente, aliada ao conhecimento do meio onde o educando está inserido. 
O encantamento dos estudantes pelo tema vem dessa troca com o professor, que motiva a turma a querer aprender, assim o relacionamento entre eles se torna mais intenso e sincero facilitando todo o processo de ensino-aprendizagem. 

14 dezembro, 2016

Livros Digitais:
o livro eletrônico como recurso pedagógico auxiliar ao ensino













Em um mundo mutável, percebemos a volatilidade e a instabilidade das relações pessoais. Como, na condição de educadores, podemos auxiliar o discente em seu processo identitário? Acredito não ser uma tarefa fácil, mas apontar referenciais, estudar a cultura e o meio auxiliam neste processo.
Necessariamente o sentimento de pertencimento vem atrelado a todo esse contexto citado.  Fazer parte de espaços coletivos, é a base da integração do indivíduo ao meio em que vive.  
Através de todas essas ideias, e partindo da necessidade de evidenciar a construção da identidade de cada um, sugeri aos alunos que fizéssemos um livro digital a respeito da cidade onde residem.  
Deveriam apresentar os pontos turísticos, mais interessantes, para um visitante. 
Fizeram um estudo do meio através da saída a campo. Entrevistaram moradores, selecionaram algumas fotografias e desenharam o que mais chamou-lhes a atenção.
O livro digital é uma ferramenta que pode enriquecer a prática diária do professor.

Para Benício (2003) essa modernidade é muito importante na democratização do saber e veio para complementar o livro impresso, de forma mais expressiva e dinâmica, dessa forma, ele pode ser utilizado como suplemento dos livros didáticos, possibilitando a inserção de novos conteúdos ou o aprofundamento em um tema já elucidado nos livros escolares. 
Quem são, onde vivem, se reconhecem no espaço que ocupam, que histórias culturais trazem consigo?  Estes aspectos são de fundamental importância para a construção identitária do indivíduo.
Ressalto, por fim, que a utilização do recurso digital sistematizou o conhecimento elaborado pelos alunos, revelando-se  um importante aliado no processo ensino-aprendizagem.
Para acompanhar este processo, abra o link abaixo e confira o resultado! 

http://www.livrosdigitais.org.br/livro/52806EDSLTH2UH?page=0

Os museus como espaços de identidades e de memória...

"O homem está na cidade
como uma coisa está na outra
e a cidade está no homem
que está em outra cidade"

Ferreira Gullar


Entrada do Museu Ashmoleano, fundado em 1683, o primeiro dos museus modernos

A proposta de Estudos Sociais, nesta semana,  é  o potencial pedagógico existente nos museus como espaços educativos das cidades.
O templo das musas, o Museion, deu origem a  palavra museu como local de cultivo e preservação das artes e das ciências.
Além do sentido etimológico da palavra, descobri através dos estudos, alguns conceitos importantes.  A ideia de museu vai além da preservação: conservam, investigam, comunicam, interpretam e expõem a história.

Um pouco de história...

Na Idade Média, o hábito de reunir obras de arte era demonstração de prestígio para a elite feudal.  O avanço do conhecimento, a influência dos enciclopedistas e a Revolução francesa fazem surgir o conceito de coleção como instituição pública, chamada "museu".
Como a escola, o museu era um espaço que destinava-se para poucos. O museu servia para guardar e expor objetos de figuras ilustres e raridades.
Francisco Regis Lopes Ramos (2004) comenta que, nos museus de História, os objetos eram reunidos para compor uma pedagogia da glorificação de indivíduos de destaque. Na escola, também ensinavam sobre homens ilustres que faziam coisas inéditas, grandiosas e fantásticas.  Escolas e museus eram templos onde se transmitiam saberes e se admiravam objetos.

Na contemporaneidade....

Os debates sobre o papel educativo dos museus afirmam que o objetivo não é mais a celebração de personagens, mas a reflexão crítica. Se antes os objetos eram contemplados, agora necessitam ser interpretados.
Mas a crítica pela crítica não é suficiente, para assumir o papel instrutivo, o museu, precisa de ações educativas que promovam a interação das pessoas com o próprio, buscando o desenvolvimento de uma educação relacionada à percepção do mundo.