09 abril, 2018

Escola democrática?


Escola democrática?
O curta assistido sobre escolas democráticas, apesar do nome, verificamos que ele vai na contramão de tudo que é entendido por democracia.
O que vejo no vídeo é uma escola tradicional, com uma pedagogia diretiva. O professor fala e o aluno escuta.  Não existe uma autonomia na aprendizagem, apenas verificamos o autoritarismo dos professores, onde o aluno não é levado a construir seu conhecimento.
Infelizmente é esse tipo de escola que mais nos deparamos, currículos obsoletos que não despertam o interesse do aluno, aulas expositivas e enfadonha que não aguçam a vontade de aprender.


08 abril, 2018

A Didática de Comênius

 


Decorrido quatro séculos de sua morte, percebi o quanto sua obra foi importante para a didática, haja vista sua utilização, ainda que ínfima, na contemporaneidade.
Seu alfabeto sonoro, verbal ou onomatopaico, sem saber que  seu idealizador ,vinha de tempos remotos, ainda é utilizado para alfabetizar, porém com uma nova "roupagem", mas o princípio é o mesmo.

Obviamente que Comênius é considerado o pai da didática  por  lutar por grandes ideais, que foram além de um alfabeto sonoro, ele ousou ser o principal teórico de um modelo de escola que deveria ensinar "tudo a todos", incluindo os portadores de deficiência mental e as meninas, que na época não tinham acesso à educação. "Ele defendia o acesso irrestrito à escrita, à leitura e ao cálculo, para que todos pudessem ler a Bíblia e comerciar", diz Gasparin (1997). 



















Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73072011000300014









Antigas e novas tecnologias

Quais as tecnologias utilizadas em minha infância na escola?  Lápis, caderno, giz e quadro negro, sim era o máximo que tínhamos na época, à medida que os tempos e espaços foram se modificando,  paulatinamente surgiram outros meios para transmitir o conhecimento.
Quem não lembra do mimeógrafo ou do retroprojetor, talvez nossos alunos desconheçam tais tecnologias, mas eles fizeram parte da minha vida escolar por um bom tempo.
A interdisciplina Educação e Tecnologias da Informação e da Comunicação nos levou a pensar o que modificou e o quanto essas transformações afetam-nos, em nossa busca pelo conhecimento.
Acredito que as tecnologias ampliam o conceito de aula. O cenário agora é diferente, contamos com inúmeros aliados tecnológicos para tornar as aulas mais atrativas e produtivas.
Os desafios a serem enfrentados por quem ensina e por quem aprende são inúmeros.  Sendo assim precisamos nos preparar, " ... exigirá do professor mudança de papel, passando a ser um facilitador do aluno na interpretação e correlação dos dados, que são encontrados nesse universo diversificado de informações" (Moran 2000).

Por que devemos manter o blog atualizado?

Acredito que um dos grandes desafios do curso seja este, manter o blog atualizado.  Inicialmente poderia culpar a falta de prática, mas agora não mais.
Foram seis semestres de leituras, escritas, pensamentos e práticas que sempre nos levaram à reflexão.
Agora o desafio é justamente descrever essas reflexões de forma contextualizada e consciente.
O blog passa a ter um papel fundamental em nossa vida acadêmica à medida que nos direciona a  um horizonte mais profícuo, onde podemos utilizá-lo como importante meio de organizar nossas aprendizagens.
Esse exercício de pensar sobre o que se faz, ou do que se aprende sempre nos conduziu para uma educação emancipadora.



Não podemos desconsiderar que, ao escrever, também escrevemos para
nós mesmos. No nosso cotidiano, levamos a efeito, às vezes, enormes 
batalhas conceituais que necessitam ser colocadas em palavras para
 tomar corpo e se constituir em saberes em condições de novamente
 entrar na arena do interminável debate das ideias. Nesse sentido,
 escrevemos para nós mesmos, escrevemos para dar passagem 
a ideias e movimentos que, ao serem escritas, vão nos constituindo
 academicamente. (VILLELA, 2013) 



Agora não tem mais desculpas, nem lastimar por tudo o que não foi realizado, porém temos a chance,de cada dia fazer diferente e melhor.
Assim como os professores acreditaram e acreditam na capacidade de cada um ao longo do curso, transferi essa crença para minha sala de aula. Acredito que a cada dia meu alunos possam se superar, desde a simples melhora da ortografia, até uma nova forma de encarar o mundo, seja com mais criticidade ou no simples auxílio a um colega.
A palavra chave é acreditar na capacidade de cada mente, esse é nosso ofício, como seria se assim  não o fosse?
Acredito a cada dia que coloco meus pés em sala, acredito em cada diálogo estabelecido com meu aluno, acredito também naquilo que não e falado, mas sobretudo sentido, eu acredito sempre!


                                           Escrever é fácil...








Referência:

VILLELA PEREIRA, MARCOS A escrita acadêmica - do excessivo ao razoável Revista Brasileira de Educação, vol. 18, núm. 52, enero-marzo, 2013, pp. 213-228 Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação Rio de Janeiro, Brasil 


EJA

Não tive oportunidade de trabalhar ainda com essa modalidade, mas confesso que as leituras da interdisciplina deixaram-me curiosa a respeito de sua função.










Acredito que um dos grandes desafios da Educação de Jovens e Adultos, seja manter a permanência dos mesmos na modalidade.  Suponho que deva ser um esforço coletivo entre direção, corpo docente e comunidade neste que, acredito ser o maior desafio.
Evitar a evasão daqueles que por alguma razão não conseguiram acompanhar o ensino regular e que muitas vezes sentem-se à margem da sociedade.
Respeitar o conhecimento adquirido, pelo aluno, ao longo do tempo também faz parte da metodologia pedagógica da EJA.
O empoderamento dos indivíduos que são marginalizados, aqueles  não  alfabetizados, que podem ver na educação uma chance de melhoria de vida, sonho este  que muitas vezes lhe foi negado, o ato de aprender no ensino regular, pode ver na EJA um canal reparador para esses danos e uma nova janela para um futuro mais digno.

A dialogicidade freireana















A dialogicidade é a essência da educação como prática da liberdade, segundo Freire:


                                                                         











O diálogo consiste numa relação horizontal entre as pessoas envolvidas e entre as pessoas em relação. Nós, homens e mulheres, nos educamos juntos, em solidariedade e diálogo, na transformação e modificação do mundo dado. O saber de todos deve ser valorizado. O diálogo produz a conscientização libertadora e transformadora, ou seja, dialógica. 
Esse diálogo constituído junto ao aprendiz, deve ser constante, mesmo que muitas vezes tal exercício exija do educador paciência e tempo.  Saber ouvir, saber o que passa o como acontece o aprendizado em nosso aluno, é parte fundamental deste processo.
 Freire coloca o amor como fundamento do diálogo,  tornando-se então um ato de coragem em prol do crescimento.  Sendo assim não podemos  jamais utilizá-lo como um instrumento de dominação.










Fonte: FREIRE, P. (1998). Pedagogia do Oprimido. 25 ª ed. (1ª edición: 1970). Rio de Janeiro: Paz e Terra