31 maio, 2017

Aprendizagem Amorosa

💓💓Aprendizagem Amorosa💓💓 

"Uma característica de nossa
cultura  é   que   deprecia  as 
emoções e as entende como 
ameaça     a    racionalidade" 
             (MATURANA, 2002).




Quer dizer, ao nos declararmos seres racionais vivemos uma cultura que desvaloriza as emoções, e não vemos o entrelaçamento cotidiano entre razão e emoção, que constitui nosso viver humano, e não nos damos conta de que todo sistema racional tem um fundamento emocional. 
A retórica de Maturana, nos remete a modernidade líquida, revelada por Bauman, em sua essência. A fugacidade de nosso tempo marcada em sentimentos superficiais.
Mas antes de falar sobre a Aprendizagem Amorosa, preciso falar do amor.  Meu relato restringe-se apenas as minhas vivências, não tenho a pretensão de explicar esse sentimento tão complexo, quero compartilhar meu entendimento desta palavra tão importante e absolutamente necessária.
Meu sonho, de pequena, era de ter muitos filhos, algo em torno de 10 a 12. A medida que fui crescendo percebi a inviabilidade do meu sonho. Acho que nem preciso explicar  minha mudança de planos!
Porém um grande sentimento sempre me acompanhou, a afetividade. O que fazer com tanto carinho armazenado? 
Ser professora poderia trazer a sensação de ter muitos filhos ao mesmo tempo, assim de alguma forma o sonho de pequena poderia se concretizar.
Amo criança, a espontaneidade, graça, beleza tudo nelas desperta o que tenho de melhor. 
Após o nascimento de minhas filhas tive a certezas de que nasci para ser mãe e professora, é são essas duas vocações que quero seguir até o fim da vida.
Dificuldades existem, mas são superadas pela vontade e pelo amor. Aquele amor que está presente em meu coração e que gostaria de abraçar todas as crianças do mundo, com atenção especial para aquelas que sofrem o abandono e o descaso. 
Maturana é um cientista diferente dos demais: consegue ver o ser humano pelas lentes do amor.  Existe alguma barreira que o amor ou a influência da natureza em nossas vidas não atravesse?
Se somos sempre influenciados e modificados pelo que experienciamos, segundo o autor, obviamente a vivência em ambientes favoráveis para o desenvolvimento humano, como a família e escola, traz-nos a certeza de que é o acolhimento que permite nossa existência.


2 comentários:

  1. Olá, Fabiana. Paulo Freire nos remete a esse tema de forma significativa quando diz que a amorosidade resgata o sentido de educar, e eu acredito que esta é a grande arma das escolas para lidar com a violência, baixo desempenho, etc. Como poderemos envolver a escola, em especial os professores no resgate deste sentimento que ao meu ver anda esquecido?

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  2. Não é uma tarefa fácil Simone, haja visto que os problemas e a falta de estrutura familiar permeiam nossos alunos. Porém acredito que a escola pode servir de ponte entre uma desestruturada família e o aluno. Promovendo, incentivando sempre que possível a interação dos dois.

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