
Planejar para quem e como?
Planejar é a intenção da prática educativa, envolvendo homens e mulheres situados num dado momento histórico, dentro de determinada cultura e reflete a visão que o educador tem da realidade.
Para construir um planejamento de ensino é necessário explorar o contexto da comunidade onde a escola está inserida. Porém devemos analisar todas as etapas apontadas por Rays (2000). O autor ressalta a importância também de conhecermos a realidade sociocultural do educando, cabendo ao professor inclusive a função de descobrir as características de aprendizagem de seus alunos.
Assim como o pensamento crítico e autocrítico, mediado pelo diálogo-problematizador, deve permear todos os momentos de um planejamento.
O próximo momento refere-se aos objetivos e ao conteúdo. Após aparece o momento que está ligado ao estabelecimento de propostas de situações didáticas, com a participação conjunta de professor e alunos, no sentido de atingir a produção, redescoberta e a redefinição do conhecimento.
Por último, mas fazendo parte de todas as fases do processo educativo, está a avaliação. Nesse momento de reflexão, devemos levar em conta o homem que a educação quer promover, o tipo de profissional que se quer formar e a sociedade em que este desenvolverá suas atividades.
Infelizmente em todos meus anos de docência nunca participei do um planejamento que respeitasse todos os momentos apontados pelo autor. O que geralmente vivencio são planejamentos feito na solidão da docência. Não observo comunidade envolvida ou engajada com projetos da escolas, suas participações resumem-se a datas comemorativas organizadas pela escola como: Dia das Mães e Festa Junina.
Dessa forma pergunto, como formar cidadãos críticos, capazes de transformar seu meio?
Enquanto continuarmos praticando uma educação doutrinária, continuaremos fornecendo mão-de-obra para o mercado.
Referèncias:
RAYS, O. A. Planejamento de ensino: um ato político-pedagógico. Cadernos didáticos: Curso de Pós-Graduação em Educação/ Universidade Federal de Santa Maria/RS, 2000
GANDIN, Danilo A Prática do Planejamento Participativo - 182 págs., Ed. Vozes,2001
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